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Saúde das Edificações

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A saúde das edificações pode ser comparada a saúde dos seres humanos.

Imaginemos que você deixe de agir em determinado momento, tomando providências somente após o problema se manifestar.

Por exemplo: no caso de uma obstrução de artérias coronárias, já seria tarde demais, e/ou seria demasiado onerosa a ação corretiva através de uma operação de alta complexidade, podendo deixar sequelas irreversíveis além de comprometer o orçamento familiar, muitas vezes de forma definitiva.

 

Porém, se a pessoa fizer um acompanhamento com exames periódicos, nos datas corretas, terá a oportunidade de prevenir o problema e agir antes do pior acontecer. Isso se chama prevenção.

 

Com as edificações as coisas funcionam de forma similar. Se o síndico/administrador deixar de agir, por exemplo, em relação aos filtros e bombas de uma piscina que tiveram seu funcionamento interrompido por falta de manutenção, para começar a agir depois da falha no sistema, os transtornos para os condôminos seriam inconvenientes e a devida correção do sistema seria substancialmente mais onerosa. Isso sem falar na perda de credibilidade do síndico, que deixou a falha ocorrer, uma vez que obviamente a manutenção dos sistemas é totalmente previsível, devendo ser executada de forma preventiva.

Neste sentido e neste momento é que entra a Gestão da Manutenção das Edificações. A manutenção corretiva não deve ser chamada de gestão, pois se apresenta como um equívoco de síndicos e administradoras ao deixar os condôminos vulneráveis e expostos a todo tipo de paralizações e riscos.

Esta manutenção corretiva pode ocorrer devido a casos fortuitos, porém, pode e deve ser minimizada com a implantação de um sistema de manutenção preventiva.

A arte de gerir é saber quando, como, por que e quanto vai custar para se manter, por exemplo: nossa saúde, nosso veículo, nossa moradia, para que não haja riscos, sinistros e paralizações.

 

Analogamente, no corpo humano uma paralização pode significar transtornos irreversíveis, uma mudança total na maneira de se viver e até a morte.

 

Em um veículo, uma paralização por uma gestão de manutenção equivocada (apenas corretiva), poderia significar sérios acidentes e até a perda do mesmo, uma vez que algumas correções seriam mais caras que o valor do bem.

 

Finalmente, nas edificações, qualquer paralização em função de gestão equivocada da manutenção, principalmente no que se refere a abastecimento de água, energia elétrica, elevadores e estanqueidade, certamente vão gerar transtornos, altos custos e o notório desgaste da imagem do síndico e da administradora.

Note que, basta a paralisação de qualquer um dos sistemas acima citados, por falta de manutenção adequada, por um breve período, para que possa ocorrer uma perda de credibilidade do síndico e/ou adminitradora, muitas vezes de forma definitiva.

Isto posto, a correta gestão dos recursos financeiros ao longo do tempo em relação a manutenção preventiva da edificação, não se apresenta como uma ação extraordinária, e sim como uma obrigação de seus administradores conforme a legislação brasileira vigente.

 

Existem diversos estudos do IPT, IBAPE-SP e experts no assunto que demonstram de forma fundamentada que as manutenções preventivas tem seu valor cinco vezes menor do que as manutenções corretivas.

Portanto resta patente que a correta implantação de um sistema eficiente de Gestão de Manutenção, aliada as efetivas realizações destas manutenções se apresenta como a melhor alternativa para a saúde das edificações ao longo de sua vida útil.

 

Desta forma fica garantida a imagem de bons gestores do síndico e/ou administradora, a saúde e segurança dos condôminos e usuários, além da redução da taxa condominial, uma vez que gera economia de recursos financeiros ao longo do tempo. 

 

 

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